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  • Nathanael Modesto

O exame de PSA e sua importância na avaliação das doenças da próstata.


O exame de PSA revolucionou o rastreio do câncer de próstata. Embora originalmente usado para detectar recorrência do câncer ou progressão de doença após tratamento, o exame passou a ser amplamente utilizado após a década de 80. Por essa razão houve um aumento importante no diagnóstico de câncer de próstata no início da década de 90, especialmente os tumores localizados.

O PSA (antígeno prostático específico) é uma glicoproteína produzida pelo tecido prostático normal ou tumoral. Portanto, sua elevação pode estar associada ao desenvolvimento de câncer, mas também a condições não malignas como crescimento ou hiperplasia benigna da próstata, prostatite, biópsia prostática, procedimentos cirúrgicos, retenção urinária, ejaculação, toque retal e trauma perineal. Há ainda casos de câncer de próstata sem elevação do PSA (tumores indiferenciados).

O valor normal do PSA é controverso pois varia de acordo com idade, raça e tamanho da próstata. Outras variáveis como índice de massa corpórea (IMC) e uso de medicações tambem influenciam na avaliação. Classicamente o valor considerado normal é de 4ng/ml, mas atualmente sabe-se que acima de 2,5ng/ml a chance de detecção de câncer de próstata aumenta (maior sensibilidade). Quando os valores aferidos estão acima do esperado outras análises podem ser feitas para se refinar a suspeita de câncer, como a fração livre do PSA, densidade do PSA (relação com o tamanho da próstata), velocidade de crescimento do PSA (taxa de crecimento anual), dosagem do Pca3 na urina e testes genéticos.

Quando a elevação do PSA leva à suspeita de câncer está indicada a biópsia da próstata. Através desta é feita a coleta de material prostático e estudo histopatológico para confirmação do diagnóstico.

O exame do PSA é ainda importante na avaliação do controle de tratamento das diversas patologias da próstata.

A Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) recomenda a coleta do PSA para homens após 50 anos de idade ou após 45 anos para aqueles que tenham casos de câncer na família ou sejam afrodescendentes. É recomendável ainda que toda a discussão sobre doenças, indicações de exames , procedimentos e tratamentos seja individualizada para cada situação.

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