Folia e relação sexual sem proteção não combinam. Os casos de infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) tendem a aumentar após a folia, de acordo com estudos epidemiológicos. São doenças como a tricomoníase, gonorreia, clamídia, cancro mole, herpes, sífilis, HPV, HIV e hepatites virais, muitas delas silenciosas nas fases iniciais.
Segundo boletim epidemiológico de 2019, em 2018 foram notificados 43.941 casos de infecção pelo HIV e 37.161 casos de AIDS no Brasil. Foram ainda identificados 158.051 pacientes com sífilis no país.
Entre os diferentes métodos de prevenção do HIV, IST e hepatites virais está a profilaxia pós-exposição de risco (PEP), que consiste no uso de medicamentos que reduzem a chance de infecção após situações de risco de contágio como: violência sexual, relação sexual desprotegida ou acidente ocupacional (com instrumento perfurocortantes exposto a material biológico, por exemplo). Trata-se de uma urgência médica, que deve ser iniciada o mais rápido possível - preferencialmente nas primeiras duas horas após a exposição e no máximo em até 72 horas. O tratamento é disponibilizado gratuitamente pelo SUS.
Para prevenir esses males, é necessário usar o preservativo em todas as relações sexuais. No carnaval de 2020, o Ministério da Saúde vai distribuir 128 milhões de preservativos para proteção dos foliões. Em casos de sinais ou sintomas suspeitos, deve-se buscar avaliação médica para diagnóstico correto e tratamento adequado.
Comments